O primeiro posts é gigante e são textos dedicados a musa desse blog, em ordem cronológica do que eu já escrevi sobre ela algum dia desses...
Em um aniversário dela:
A gente acha que depois de "adulta" as amizades da vida toda já estão escolhidas... Mas ai quando você menos espera, você conhece seu marido em uma viagem, decide mudar de país pra ficar junto dele e de quebra sem estar esperando ou procurando você ganha uma nova irmã!!!
Na despedida oficial:
Eu sou dessas pessoas de SORTE sabe? Nasci com a certeza de que minha alma gêmea já tinha nascido e que por SORTE minha ela era minha irmã. Na minha vida tenho a SORTE de ter uma família que cresce a cada dia com amigos que são muito mais que amigos são irmãos de coração. Hoje foi o primeiro, até logo pra minha
Gabi, ela não tem definição, mudou minha vida, me ensinou a ser menina, mulher, esposa, dona de casa, grávida, mãe, irmã, filha, amiga, profissional, adulta, criança de coração, ser forte e frágil, doce e firme, e depois de tudo isso ainda me deu de presente 2 sobrinhas, minha Mani e minha Cecilia (que eu amo desde antes dela existir), Haja, facetime, skype, viber, google talk pra suprir a falta que vocês vão fazer. Mas ai entra meu "cunhado de coração" Lucas que também me ensinou, me ensinou que deixar ir é uma forma de amar e que se isso significa a felicidade de quem a gente ama a saudade é uma forma saudável de manter presente esse amor. Sejam felizes meus indefiníveis e saibam que nossas vidas sempre serão unidas!
E depois que ela se foi:
Alguns dias da minha vida começaram como hoje…
Sem saber o que fazer, com aquela sensação de vazio de que o mundo nunca mais vai ser o mesmo e que muitos, mais muitos desafios, vêm por ai e eu não sei se vou conseguir supera-los.
Um dos primeiros dias que me lembro dessa sensação foi saindo do teste para mudar de colégio. Foi um sábado, eu tinha me dedicado muito, feito muitas aulas particulares (mesmo tendo notas bastante boas no outro colégio), mas sai da prova com medo, apenas entrei no carro e comecei a chorar e disse pro meu pai – sempre presente – Acho que não deu pai, acho que fui mal, a prova era difícil! E ai veio a expressão que me acompanha sempre nessa hora. E AGORA? O QUE EU VOU FAZER?
Eu tinha só 13 anos e não tinha me inscrito pra nenhum outro teste em nenhuma outra escola, meu objetivo era só essa escola, e eu tinha uma certeza, não queria continuar na escola que eu estava. Nada de bulling, ou falta de amigos - tenho muitas boas amigas dessa época, inclusive na lista de melhores amigas - ou revolta com as normas da escola, eu queria mudar, queria ir pra uma escola mais forte que exigisse mais de mim e que me ajudasse a entrar numa faculdade de prestigio. No fim deu tudo certo, eu entrei nessa escola, fiz ainda melhores amigos e amigas, aprendi valores que regem minha vida e não mudaria nada, nadinha dessa história.
Bom, é obvio que eu tive um dos períodos mais gostosos da minha vida durante esses anos de escola, mas um dia a escola acabou, chegou o dia da festa de formatura e no dia seguinte acordei e mais uma vez a frase se repetiu E AGORA? O QUE EU VOU FAZER? Choro, choro e muito choro (adolescência né minha gente a fase do drama – não que o drama tenha terminado, hoje só é menos frequente) não me lembro por que motivo, minha irmã – minha alma gêmea – não estava em casa e mais uma vez corri pros braços dele e fui parar no escritório do meu pai, com os olhos inchados e o coração apertado, procurando uma resposta. Como sempre ele não me deu a resposta, mas me ajudou, me apoiou e mais uma vez deu tudo certo. Vestibular pra medicina, cursinho pra medicina, mudança de ideia no meio do cursinho, faculdade de arquitetura, ligação cheia de medo informando meu pai que arquitetura não era meu negócio, mudança pra design de interiores, mais uma vez não era minha praia e enfim administração de empresas - o motivo, bom nada a ver com carreira ou vocação ou qualquer motivo que importe quando se decide uma carreira, queria estar perto de uma das minhas melhores amigas e mais uma vez deu certo e de crédito extra ganhei mais uma melhor amiga e mais que isso passei a fazer parte de uma nova família com "segundos pais" uma irmã ¨gêmea¨, duas irmãs mais novas e um irmão mais novo.
Muitas outras vezes, acordei com a pergunta. E AGORA? O QUE EU VOU FAZER? Perdas que eu não sabia administrar, mudar de país, cada despedida na hora de voltar pro novo lar, doenças sofridas, mudar de carreira e por ai vai...
Mas hoje em especial. Acordei, depois de sonhar a noite inteira com a partida deles e depois de uma despedida de mais de sofrida, meu dia hoje se resume em incontáveis idas ao banheiro chorar escondida (antes das 11:00 da manha num dia comum e corrente de trabalho) e a repetição dessa frase que tanto me atormenta: E AGORA? O QUE EU VOU FAZER?
Ahhhh, Gabi, Lucas , Mani e Cecilia. Meus indefiníveis, minha família, como eu desejo que vocês sejam imensamente felizes, mas também, como meu coração egoísta quer vocês aqui, no prédio ao lado do meu! Enquanto eu aqui quietinha, secando as lágrimas em frente ao computador e com a rádio que mora na minha cabeça vou tentando dar musicalidade a esse momento tão duro.
Me apoia Caetano:
E agora que faço eu da vida sem você? Você só me ensinou a te querer. E te querendo eu vou tentando te encontrar. Vou me perdendo.Buscando em outros braços seus abraços.Perdido no vazio de outros passos.Do abismo em que você se retirou.
E Rogério Flauzino me anima:
Ela me encontrou. Eu tava por aí. Perdido, sozinho. Procurando não achar
Ela demonstrou tanto prazer em estar em minha companhia. Eu experimentei uma sensação que até então não conhecia.De se querer bem, de se querer quem se tem. Ela me faz tão bem. Ela me faz tão bem. Que eu também quero fazer isso por ela.
O Zeca também me disse:
Não se admire se um dia, um beija flor invadir. A porta da tua casa, te der um beijo e partir.
Foi eu que mandei o beijo que é pra matar meu desejo. Faz tempo que eu não te vejo,
ai que saudade d'ocê.
Se um dia ocê se lembrar, escreva uma carta pra mim. Bote logo no correio, com frases dizendo assim.Faz tempo que eu não te vejo, quero matar meu desejo. Lhe mando um monte de beijo
ai que saudade sem fim!
E não podia faltar, o queridinho dela...
O Chico:
Tem dias que a gente se sente.Como quem partiu ou morreu.A gente estancou de repente.
Ou foi o mundo então que cresceu.A gente quer ter voz ativa.No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda-viva. E carrega o destino pra lá
Roda mundo, roda-gigante.Rodamoinho, roda pião.O tempo rodou num instante.Nas voltas do meu coração.
A gente vai contra a corrente.Até não poder resistir. Na volta do barco é que sente. O quanto deixou de cumprir.Faz tempo que a gente cultiva. A mais linda roseira que há.Mas eis que chega a roda-viva.E carrega a roseira pra lá
Roda mundo, roda-gigante.Rodamoinho, roda pião.O tempo rodou num instante.Nas voltas do meu coração.
A roda da saia, a mulata. Não quer mais rodar, não senhor. Não posso fazer serenata. A roda de samba acabou. A gente toma a iniciativa. Viola na rua, a cantar. Mas eis que chega a roda-viva. E carrega a viola pra lá
Roda mundo, roda-gigante.Rodamoinho, roda pião.O tempo rodou num instante.Nas voltas do meu coração.
O samba, a viola, a roseira. Um dia a fogueira queimou. Foi tudo ilusão passageira.Que a brisa primeira levou. No peito a saudade cativa.Faz força pro tempo parar. Mas eis que chega a roda-viva.E carrega a saudade pra lá
Roda mundo, roda-gigante.Rodamoinho, roda pião.O tempo rodou num instante.Nas voltas do meu coração.
E por que eles são os meus queridinhos...
Mr. Brandon Flower me consola:
Aggressively we all defend the role we play.Regrettably, the times come to send you on your way.
We've seen it all,bonfires of trust, flash floods of pain
It doesn't really matter, don't you worry it'll all work out. No, it doesn't even matter,
don't you worry about what it's all about.
We hope you enjoyed your stay. It's good to have you with us even if it's just for the day
We hope you enjoyed your stay outside the sun is shining seems like heaven ain't far away
It's good to have you with us even if it's just for the day.
Até logo meus amores, vão com Deus (ou Freud :P ). Obrigada por tanto amor, por crescer nossa família de amigos com mais amigos amados: Rubem, Ana, Aline, Raphael, Camila, Fred, Marcos, Constanza, Emy e Tomás.
Meu coração quer dizer, voltem logo, mas meu cérebro me diz nos vemos logo. Sejam felizes, aumentem a família (afinal eu amo ser tia), venham de férias, mandem as crianças pra cá de férias. E aquilo que o coração sem vergonha sente, mas que é só uma fantasia misturada com o drama que after all é uma grande característica da minha personalidade... FIQUEM AQUI COM AGENTE, NÃO VÃO EMBORA NÃO!
Com amor,
Carol